
CIBERLIVRARIA
Realismo fantástico digital e em papel
Teatrinho rápido e rasteiro
A BESTA DO APOCALIPSE
De quarentena, o pastor sonhou com os cavaleiros do apocalipse. Mas, diferente de João, ele viu cinco. O quinto metido entre o da guerrra e o da morte. E estava montado numa besta, mas não era parecida com a do Sancho Pancho.
Pastor Ué, e essa besta aí com a cara do ex-ministro da Educação?
Voz vinda das núvens É a besta da ignorância.
Pastor Nossa!
Voz vinda das núvens E está montada pelo presidente, sem máscara!
Fecha-se o pano ao som de trombetas tocadas por capetas do ministério
QUO VADES?
Grossas nuvens pairam no céu. Tempestade anunciada.
- Quo vades, Bolsonaro?
- Ah, essa eu sei: aonde vai? O Weintraub me ensinou.
- Muito bem! aonde vai?
- Pergunte ao Guedes, é ele quem sabe.
O pano não fecha. O Moro não quer deixar
-
CORES
O Menino Azul e a Menina Cor de Rosa encontram-se num parque de diversões que mais parece um terreno baldio de Nelson Rodrigues.
Menino Azul: O que guarda com tanto zelo, Menina Cor de Rosa?
Menina Cor de Rosa: Uma bolachinha cremosa. E você?
Menino Azul: Um perulitinho vermelho que foi tinto de azul por ordem superior.
Baixa-se o pano, o prosseguimento da peça pode contrariar a mosca da censura, que já está desperta.