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UMA BRUXA NA JANELA

   

 

 

 

 

 

 

 

LEIA O PRÓLOGO

        O dia amanheceu encardido, nuvens muito altas, chumbadas, embaçavam a luz do sol. Não houve, como que prenunciando a tragédia, a algazarra costumeira da passarada que tomava conta do pomar, nos fundos da casa da fazenda. Um silêncio abafado, recortado aqui e ali por um pio isolado, um coaxar tímido, um berro assustado. Até Chico Menezes, que comandava o curral e a equipe dos tiradores de leite, estava silencioso, sem contar as bravatas de quem pega touro à unha e come todas as moças da redondeza. Sá Belarminda, o retrato da apreensão estampado no rosto, mascava fumo sem parar, como se isso pudesse borrar o quadro do futuro bem próximo que seus olhos pressagiavam, através da janela da ampla sala do casarão.

      A moça de tranças acordou, mais tarde do que de costume e, ainda de camisola, foi quase empurrada, por uma vontade que não era sua, a se debruçar na janela com o queixo apoiado nas mãos, os imensos olhos cinza fixados no horizonte até serem atraídos por um anu preto que pousou suave nos galhos do jasmineiro tão apreciado. O dia se tornou mais opaco, as nuvens avolumaram-se nas alturas e a moça compreendeu que não havia mais saída, que os dados estavam definitivamente lançados...

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